sábado, 26 de fevereiro de 2011

Patrulha Pantera e o Acampamento

Cheios de vontade e de entusiasmo pelo nosso primeiro acampamento de ano, e o primeiro acampamento dos aspirantes, encontrámo-nos na sede ás 09.00 horas da manhã, para os “guardas de material” distribuírem o material (com a ajuda do guia) , os tesoureiros recolherem o dinheiro e as autorizações, os socorristas confirmarem a farmácia, os animadores com ideias para as animações , e os cozinheiros a verem se a cantina estava em ordem.


Com o material distribuído, vimos que todas as patrulhas se tinham esquecido de um condimento muito importante e fundamental para os refogados: o azeite.

Partimos da sede ás 09.45 , levando boleia dos pais . Olhava-mos sempre muito atentos pelo vidro do carro, vendo para aonde íamos parar. Sim já sabíamos que íamos parar a Sintra, mas Sintra é muito grande. Chegados há bomba de gasolina, dissemos xau aos pais, e agradecemos pela boleia.
Comemos o lanche da manhã, para nos fortalecer para a caminhada de seguida, mas antes disso treinámos o fogo-de-concelho.


Como alguns tinham a bexiga apertada, alguns foram fazer as suas necessidades fisiológicas. Mochilas ás costas, e lá fomos nós. Carros a passar á nossa esquerda a apitar, e alguns a fazerem-lhes o sinal de boleia. Levámos bem na cabeça, por causa das mochilas mal acondicionadas, e do material nas mãos. Mas chegámos são e salvos ao convento das Irmãs Doroteias.


Fizemos uma roda tirando o peso das costas, e vendo o peso da mochila do Lobo, que mais parecia uma pena comparada com as nossas. Descemos até chegarmos a campo. Um campo com terra molhada, com folhas caídas, e com árvores, algumas enormes, outras pequenas. Deparámo-nos com um acampamento de lobitos de outro agrupamento, onde só lá estavam os guias e sub-guias, melhor dizendo, foi um acampamento de guias e sub-guias.

Os guardas-materiais foram buscar as tendas ao portão, enquanto os outros jogavam, ou tiravam as camisas suadas, ou reviam as etapas de construção de uma tenda.

Montámos as tendas, onde as raparigas dormiam numa tenda grande e os rapazes numa tenda pequena. Os rapazes não gostaram muito da ideia mas foram-se habituando. Numa tenda dormia : a Inês, a Ritinha, e a Zefa, e na outra tenda dormia : o António, o Miguel e o Bernardo. Com as tendas já montadas, (com alguns improvisos de sisal pelo meio) fomos montar um caixote do lixo. Com alguns nós, laçadas e deslaçadas lá conseguimos um caixote do lixo á moda da Pantera.


Fomos a primeira patrulha a ser chamada para termos as indicações dos postos, para o raide. Tivemos um " workshop" de orientação com o instrutor Lobo. Com o workshop dado pegámos nas mochilas e tirámos o nosso almoço. Toda a gente a devorar a sua paparoca , que mais parecia que não comíamos á três dias, quer dizer estávamos a almoçar ás 15.15 da tarde. Já toda a gente empanturrada, limpámos o sitio onde comemos, com as observações da Sara.


Preparámos a mochila para o raide( cantil, caneta, caderno de caça) Fomos para o portão, onde começámos o raide. Sempre muito ansiosos, fomos ver aonde o caminho nos levava , além das gigantes poças de água. Foi então que vimos o Sousa, o nosso chefe. Continuámos com a patrulha esquilo atrás de nós, mas lá continuámos. Foi então que reparámos que tínhamos ido parar ao mesmo sítio. Nós achámos estranho, mas continuámos, sempre a subir, virámos, e descemos de caras outra vez com o mesmo sítio. Foi então que vimos um senhor com uma navalha na mão a cortar uma planta esquisita. Perguntámos-lhe se estávamos a ir bem, e ele observando o mapa disse que sim, mas outra vez fomos parar ao mesmo sítio.

Cansados de andar ás voltas lanchámos e treinámos a peça do fogo-de-conselho. Foi então que ligámos aos chefes, onde eles nos disseram para esperarmos no posto do Sousa. Aí, vimos que íamos levar um bom raspanete. Mas não, foi exactamente o contrário. Explicaram-nos melhor esclarecendo-nos as nossas dúvidas. Aí, eles perguntaram aonde era a auto-estrada. Nós indicando o caminho, vendo aonde era o Norte da Bússola e o Norte magnético, indicámos o caminho, sempre com o polegar no mapa. Conseguimos chegar á auto-estrada, e fomos em diante até chegar a campo. Fomos acender uma fogueira, com a ajuda dos chefes, para nos aquecermos. Treinámos a nossa peça, quando chegam as outras patrulhas ao pé de nós. Contámos-lhes a nossa aventura às voltinhas.


Os cozinheiros foram ajudar na cozinha, para fazer o jantar. Á volta da fogueira vimos o Lobo a fazer coisas com o fogo. Jantámos, e fartámo-nos de rir quando caiu uma melga no prato do António, tirando a melga , e continuando a comer. A noite era uma criança, e nós também éramos, ali á volta da fogueira, ou a cantar com a Sara. Começámos o nosso fogo-de-concelho, onde para nossa surpresa os chefes também tinham cenas para representar, muito cómicas.


Adorámos ver todas as actuações da noite, e especialmente guardámos nas nossas memórias o dia em que pisámos a Lua. Sim, pisámo-la com o orgulho que só a IIª secção do 255 Damaia consegue ter. Como ninguém estava á espera nem mesmo a própria Sara, fizemos-lhe uma surpresa, e dando-lhe os parabéns atrasados. Comemos o bolo delicioso, e fomos á casa-de-banho lavar os dentes , fazer xixi e ir deitar. Acho que toda a gente sonhou com as horríveis aranhas das casas de banho. Deitámo-nos. Silêncio total.


Na manhã seguinte, uma manhã feia, com chuva, saímos do quentinho para arrumar as mochilas, e ir tomar o pequeno-almoço. Tomámos o pequeno-almoço, debaixo de um telheiro. deixando lá também as nossas mochilas. Não foi necessário lavar as coisas, pois se saíssemos cá para fora, tínhamos as coisas muito bem lavadas. Desmontámos campo, e foi quando o pai da Sara chegou com uma carrinha, para ir lá dentro o material. Pondo lá todo o material, foram-se embora. Começámos a fazer actividades e animações para nos aquecermos, e a chuva parou, afinal não foi necessário fazer nenhuma dança da chuva. Os pais chegaram. Metemo-nos no carro, e saímos dali. Com o rabo encharcado, foi por um triz que não molhámos os bancos do carro.


Chegados á Damaia tirámos o material da carrinha, pondo-o lá dentro. A bandeirola em pior estado não podia ter ficado. Reunimos lá dentro, rezámos, fizemos os gritos, e até para a semana.


E foi assim o primeiro acampamento da patrulha pantera!


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